miércoles, febrero 13, 2008

O QUE SERÁ (À FLOR DA PELE)

O que será que me dá
Que me bole por dentro, será que me dá
Que brota à flor da pele, será que me dá
E que me sobe às faces e me faz corar
E que me salta aos olhos a me atraiçoar
E que me aperta o peito e me faz confessar
O que não tem mais jeito de dissimular
E que nem é direito ninguém recusar
E que me faz mendigo, me faz suplicar
O que não tem medida, nem nunca terá
O que não tem remédio, nem nunca terá
O que não tem receita
O que será que será
Que dá dentro da gente e que não devia
Que desacata a gente, que é revelia
Que é feito uma aguardente que não sacia
Que é feito estar doente de uma folia
Que nem dez mandamentos vão conciliar
Nem todos os ungüentos vão aliviar
Nem todos os quebrantos, toda alquimia
Que nem todos os santos, será que será
O que não tem descanso, nem nunca terá
O que não tem cansaço, nem nunca terá
O que não tem limite
O que será que me dá
Que me queima por dentro, será que me dá
Que me perturba o sono, será que me dá
Que todos os tremores me vêm agitar
Que todos os ardores me vêm atiçar
Que todos os suores me vêm encharcar
Que todos os meus nervos estão a rogar
Que todos os meus órgãos estão a clamar
E uma aflição medonha me faz implorar
O que não tem vergonha, nem nunca terá
O que não tem governo, nem nunca terá
O que não tem juízo
(Chico Buarque)
1976 © Marola Edições Musicais
Todos os direitos reservados. Copyright Internacional Assegurado. Impresso no Brasil

2 comentarios:

Unknown dijo...

he aqui una traducción al español de la letra "O QUE SERÁ (À FLOR DA PELE)"

Oh que sera que me da
que me toca por dentro, sera que me da
que brota a flor de piel, será que me da
Y que sube a la cara y me hace ruborizar
Y que salta a los ojos a traicionar
Y que me aprieta el pecho y me hace confesar
Lo que no tiene modo de disimular
Y que no es directo nadie va a negar
Y que me hace mendigo, me hace suplicar
Que no tiene medida, ni nunca tendrá
Que no tiene remedio, ni nunca tendrá
Que no tiene receta

Oh que será que será
Que da dentro de gente que no debía
Que desacata gente, que es rebeldía
Que es hecho una aguardiente que no sacía
Que es hecho estar doliente de una algarabía
Que ni diez mandamientos van a conciliar
Ni todos los ungüentos van a aliviar
Ni todos los quebrantos, toda alquimia
Que ni todos los santos, será que será
Que no tiene descanso, ni nunca tendrá
Que no tiene cansancio, ni nunca tendrá
Que no tiene límite

O que será que me da
Que me quema por dentro, será que me da
Que me perturba el sueño, será que me da
Que todos los temblores me van a agitar
Que todos los ardores me van atizar
Que todos los sudores me van a encharcar
Que todos los mios nervios están a rogar
Que todos los mios órganos están a clamar
Y una aflicción horrenda me hace implorar
que no tiene vergüenza, ni nunca tendrá
que no tiene gobierno, ni nunca tendrá
Lo que no tiene juicio.

*traduccion al español por francisco charqueño

Agente G dijo...

Nada tan claro como la verdad dentro de la matriz de la poesia, llega a quien la vive, a quien la presiente, a quien la padece.. inexplicable parece, e ás vezes inutil explcarlo. Besos y gracias por este video e letra.
Gladys Venegas